Legal design: entenda o conceito e como aplicar

Homem vendo como funciona o Legal Design

Criado na Universidade de Stanford, o conceito de legal design promove soluções que tornam os processos legais mais fáceis de entender e aplicar. O resultado é uma comunicação mais simples, o que facilita a vida de quem precisa acessar serviços jurídicos.

Neste artigo, vamos falar sobre o que é, o objetivo e os benefícios do legal design. Além disso, você verá qual é a diferença desse conceito para visual law. Fique com a gente e descubra!

O que é legal design?

Legal design é uma abordagem que combina o Direito com princípios de design para criar soluções jurídicas mais fáceis de entender e usar. A ideia é reduzir a complexidade das informações e processos legais, promovendo mais inclusão e cidadania.

Elementos de experiência do usuário (UX) e interface do usuário (UI) também entram em jogo, ajudando a melhorar a apresentação e funcionalidade de documentos jurídicos.

Além disso, o legal design utiliza técnicas de information design, que organizam os dados de forma nítida e concisa. 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por exemplo, já adota essa abordagem em suas iniciativas. Uma delas é incentivar os tribunais a explicarem o “juridiquês” em algumas decisões, para que elas sejam mais compreensíveis ao público.

Qual a diferença entre legal design e visual law? 

Legal design e visual law são complementares, mas com focos distintos. 

O primeiro parte de uma abordagem abrangente. Ele envolve a criação de soluções jurídicas que combinam Direito, design e experiência do usuário (UX). 

Por outro lado, o visual law é uma subárea do legal design, focada na apresentação visual das informações jurídicas. 

Usando recursos como infográficos, diagramas, fluxogramas e vídeos, o visual law simplifica dados complexos. Ele não substitui os textos. No entanto, complementa a comunicação jurídica ao transformar termos técnicos em conteúdos visuais. 

Qual o objetivo principal do legal design?

O objetivo principal do legal design é aprimorar a forma e a função dos produtos jurídicos. Isso os torna mais intuitivos e acessíveis aos usuários.

Quais são as principais etapas do legal design?

Existem algumas etapas fundamentais para guiar o legal design. Elas garantem que tudo saia do papel do jeito certo, sempre com foco em quem realmente importa: o usuário.

Descoberta

Tudo começa com a fase de curiosidade, com a descoberta e empatia. O foco aqui é se colocar no lugar de quem vai usar o serviço ou produto e perceber quais são as suas dores e necessidades. Só assim dá para ter uma noção do que precisa ser resolvido.

Elaboração

Após identificar o problema, é hora de pensar nas soluções. A ideia é enxergar o problema por diferentes ângulos e estabelecer prioridades.

Não tem receita de bolo, mas o objetivo é sempre criar algo que facilite a vida do usuário. Então, pensar fora da caixa é essencial nesse momento.

Pôr em prática

Depois de todas as ideias, vem a prototipação. É aqui que as soluções começam a sair da teoria e se transformam em algo palpável. Essa etapa é importante para testar o que funciona, ajustar o que for preciso e evitar problemas maiores lá na frente. 

Veja mais detalhes sobre como a prototipação funciona no próximo tópico! 

Desenvolvimento do protótipo 

Antes de falar sobre o desenvolvimento do protótipo, precisamos explicar que o legal design pode usufruir de diversas metodologias, sendo o design thinking uma das mais comuns.

Hoje em dia, muitos documentos jurídicos são elaborados de advogados para advogados, o que acaba excluindo os verdadeiros destinatários: os usuários finais.

Isso explica por que a maioria das pessoas não entende documentos jurídicos e precisa de um advogado para interpretá-los. Ao aplicar o design thinking, a ideia é justamente evitar essa desconexão. 

Balança representando o desenvolvimento do Legal Design

A partir disso, com base em estratégias, chega-se ao desenvolvimento do protótipo. Ele é uma peça fundamental para validar as ideias com os usuários. Após receber o aval, o trabalho continua, com ajustes e melhorias sendo feitos ao longo do processo.

Durante a criação do protótipo, diversos recursos de design e UX podem ser aplicados, como:

  • Tipografia nítida: facilita a leitura e o entendimento do documento.
  • Ícones intuitivos: ajudam na navegação e tornam o conteúdo mais acessível.
  • Paleta de cores adequada: melhora a organização visual e destaca as informações mais relevantes.
  • Espaçamento bem pensado: dá ao documento uma aparência mais limpa e evita sobrecarga visual.
  • Interações simplificadas: garante que o usuário entenda o fluxo sem se sentir perdido.

Vale lembrar que cada recurso deve ter uma utilidade definida. Caso contrário, não deve ser usado. 

Como aplicar o legal design?

Para adotar o legal design, é importante levar em consideração todas as recomendações deste artigo. No primeiro momento, é necessário desenvolver habilidades como empatia e senso crítico, além de enxergar o Direito de maneira estratégica. 

A criatividade tem um papel central, permitindo que o advogado seja multidisciplinar e crie soluções inovadoras. 

Além disso, é super importante trazer os usuários para perto durante o processo de criação. Ouvir o que eles têm a dizer e entender suas necessidades faz toda a diferença.

Fazer testes com protótipos e ajustar as soluções com base no feedback deles ajuda a garantir que você está no caminho certo. 

Essa interação não só deixa o projeto mais rico, mas também fortalece a conexão entre advogados e clientes, tornando o serviço mais acolhedor e alinhado ao que as pessoas  esperam.

Benefícios do legal design na gestão do escritório de advocacia

Em uma realidade na qual a exigência dos usuários só aumenta, é fundamental que os profissionais do Direito adaptem suas práticas. 

Nesse sentido, o legal design traz uma série de vantagens para a gestão dos escritórios de advocacia. A seguir, selecionamos alguns desses benefícios. Confira!

Simplifica a administração de documentos 

Hoje, os clientes não querem mais enfrentar documentos jurídicos cheios de jargões. Eles buscam clareza e objetividade. 

O design centrado no ser humano, adotado por grandes empresas como Apple e Google, mostra que a simplicidade é possível e desejada. 

Essa mudança de perspectiva permite que os advogados se conectem melhor com seus clientes, evitando a frustração comum ao lidar com documentos complexos.

Homem personalizando documentos com legal design

Permite aprimorar as soluções oferecidas aos clientes

Os clientes estão mais informados e exigentes. Eles esperam que os serviços prestados sejam adaptados às suas necessidades. Isso significa que os advogados precisam evoluir, oferecendo soluções simples e funcionais. 

Com a competição crescendo, adaptar-se a essas novas expectativas se torna um diferencial importante no mercado jurídico.

Ajuda a estar em dia com a legislação 

A legislação, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), reforça a importância da transparência. O artigo 6º, inciso VI, destaca que os titulares têm o direito a informações transparentes e acessíveis sobre o tratamento de seus dados. Então, essa é a tendência das novas práticas de advocacia.

Com isso, a relação entre advogado e cliente só tem a ganhar, uma vez que o foco na transparência ajuda a construir confiança. Além disso, serve como um incentivo para que escritórios e departamentos jurídicos adotem formas de comunicação mais diretas. 

Como legal design e marketing jurídico podem favorecer o seu escritório? 

Integrar o legal design ao marketing jurídico pode trazer benefícios reais para o seu escritório. Veja como essa relação pode ser vantajosa:

  • Clareza na comunicação: simplificar a linguagem jurídica ajuda a construir um diálogo mais direto com os clientes. Isso facilita a compreensão dos serviços e fortalece a confiança.
  • Melhoria da experiência do cliente: ao priorizar o design na apresentação dos serviços, o cliente se sente mais valorizado e engajado. Isso pode resultar em uma relação mais sólida e duradoura.
  • Destaque no mercado: escritórios que aplicam essas práticas se diferenciam da concorrência. Ser percebido como inovador atrai novos clientes e reforça a imagem da marca.
  • Marketing mais eficiente: a combinação de legal design e marketing jurídico permite desenvolver campanhas mais focadas nas necessidades dos clientes.
  • Aumento da presença digital: ao integrar design e marketing, é possível criar conteúdos que chamem a atenção nas redes sociais e sites, gerando mais tráfego e conversões.

Tenha o melhor do marketing jurídico com os serviços da Jurisoft!

Conclusão

Escultura do direito representando o legal deisgn

Legal design é uma abordagem que torna o universo jurídico mais acessível e compreensível. Ao unir o Direito com princípios de design, essa prática simplifica a comunicação e a apresentação de documentos, facilitando a vida de quem precisa deles. 

O foco em entender as necessidades do cliente e usar técnicas de design, UX e UI faz com que a experiência jurídica seja muito mais intuitiva. Com isso, fica mais fácil evitar aquele “juridiquês” complicado, promovendo uma inclusão real para todos

Agora, imagine poder programar seus conteúdos de marketing jurídico de forma fácil e intuitiva. Essa é a realidade dos clientes da Jurisoft! 

Pensa em se destacar e fazer a diferença na experiência dos seus clientes? Entre em contato conosco ainda hoje!

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